sexta-feira, 17 de maio de 2013

Corinthians x Boca e Palmeiras x Tijuana. Pequenos pitacos da peteca.

Corinthians x Boca e Palmeiras x Tijuana. Pequenos pitacos da peteca. 

Quando os resultados da primeira fase da Libertadores indicavam a reedição da final de 2012, a torcida do Boca Juniors começou a lamentar ter que encontrar o atual campeão já nas oitavas de final. Mal sabiam qual seria o destino de ambos os times.

A torcida do Boca temia o Corinthians, mas mal imaginava o que estava por vir.


Independente do resultado, o Boca Juniors foi melhor em 60% do tempo e jogou um futebol merecedor de passar para as quartas-de-final. O futuro, todavia, não parece promissor, diante de uma série de falhas que o time ainda apresenta, em especial no ataque. Mas Boca é Boca sempre, então é melhor não entrar muito na futurologia porque o time pode acabar beliscando o título novamente.

Riquelme, como sempre, um diferencial. Independente do resultado, o Boca Juniors foi melhor em 60% do tempo.
Créditos da foto: Estadão.


Já o Corinthians tem demonstrado bom futebol, mas oscilado demais. Um aspecto deve ser realçado: a perda do poder de marcação sob pressão no campo do adversário. Observando os últimos quatro jogos, o Corinthians só se utilizou desse estratagema no primeiro tempo do jogo contra o Santos e nos primeiros minutos do segundo tempo contra o Boca, quando empatou o jogo.

Todavia, essa espécie de marcação exige muito condicionamento físico, sacrifício dos atacantes e uma certa dose de motivação. Por isso são poucos os times que conseguem fazê-la o jogo todo. Os cautos observadores do futebol certamente observaram que este time do Corinthians não é de muitos gols. Vide a campanha da Libertadores do ano passado. 

A marcação por pressão Corinthiana contra o Al Ahly. Efetiva, mas exigente. Créditos da foto: Esporte Interativo. 

Conforme realçou Vitor Birner, o Corinthians paga o preço de ser campeão do mundo: Teve menos tempo para treinar e muitos outros times começaram a copiar seu estilo de jogo.
"Lembremos: para ser campeão, um time, qualquer time, tem de ganhar também dos erros de arbitragem, assim como os do goleiro ou do centro-avante." - Juca Kfouri

A hora, portanto, é de manutenção do trabalho. Eliminação não significa que o time é ruim. O Corinthians precisa fazer alguns poucos acertos pontuais. O time, entretanto, está redondo. Significa que cada mudança pode tanto trazer efeitos positivos como negativos. Se Alessandro não é o melhor dos laterais ao avançar, ele tem um comprometimento tático muito bom. E hoje no mercado não existem muitas opções. Talvez Edenilson seja melhor. O mesmo pode se dizer de Fábio Santos. 

Três atacantes também não são sinonimo de gol. Com a volta de Renato Augusto (que mesmo jogando só 2 meses já faz muita falta para a tática), a tendencia é que Romarinho ou Emerson deixem o time titular, ou até ambos, com a necessária entrada de Pato. Alias, esse vai ser um dos maiores problemas do Tite.

Com relação à arbitragem, o Corinthians foi claramente garfado. Em anos no futebol, nunca vi um time ser tão prejudicado em somente um jogo. Os erros foram tantos que os jogadores pareciam anestesiados. Um dos motivos, claro, foram os cartões amarelos distribuídos no começo do jogo. Tais erros, ainda assim, colaboraram com o mal futebol da equipe. 

Carlos Amarilla deixou de marcar dois penaltys claros e um gol a favor do Corinthians. Arbitragem estranha. Créditos da foto: Sportv


A arbitragem da Libertadores precisa ser toda revista, não só em método como em condicionamento. 

Palmeiras

Com relação ao Palmeiras, a derrota foi uma consequência de um mal momento que vive a equipe. Uma caça as bruxas só tenderia a piorar o ambiente. A diretoria parece consciente disto e não mandou (ainda) o técnico embora. Quando as coisas devem dar errado, elas dão. O erro do goleiro foi crasso, mas o que está por traz disso é ansiedade, diante da expectativa que o time tem para demonstrar resultados logo. 

O Palmeiras tem uma nova chance de reencontrar. A Série B é um ano "sabático" ideal para isso. Tempo de reformas, de reorganização. Em 2002, isto estava muito cru. O Palmeiras ainda tinha influencia da gestão da Parmalat e começava a andar pelas proprias pernas. Parece que esse período de transição terminou recentemente. O Saldo foram um Paulista e uma Copa do Brasil. Muito pouco para o time que foi um dos melhores do mundo no século passado. 

Gilson Kleina não foi demitido. Ainda. Sinal de que o Palmeiras segue nova cartilha.
A equipe alviverde já deu um grande passo para a reformulação, que foi acabar com as dinastias de mandantes do time. Outros times passaram por situações semelhantes e também foram rebaixados. Alguns colhem frutos da renovação. Atlético Mineiro, Corinthians, Fluminense. Outros ainda estão no caminho: Vasco, Botafogo e Palmeiras.

Em tempo, tenho pensado muito que o futebol por si merece uma renovada, tanto em questão de Justiça como em questão de Entretenimento. Escrevo sobre isso em breve. 

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