segunda-feira, 11 de março de 2013

Ney Franco ameaçado... já?

Ney Franco sob risco... já?


Imagem: GazetaEsportiva.Net


Após dois empates, o técnico Ney Franco, que levou o São Paulo à Libertadores depois de 3 anos, já está com a cabeça a prêmio no tricolor paulista.

É para tanto? Claro que não. Infelizmente, a cultura do futebol brasileiro ainda é a da rápida demissão dos treinadores. Afinal, mais fácil trocar uma peça do que o carro todo. Ignora-se o feito de classificar o time para a competição continental. Em nome de uma política de se buscar ganhar tudo, ao invés de uma competitividade diferenciada. 

Talvez o maior exemplo das benesses de se manter um treinador, mais do que Sir Alex Ferguson (que demorou 10 anos pra conquistar uma Champions League na bacia das almas), seja o Tite do Corinthians, que em 20 meses saiu de uma desclassificação vexatória na primeira fase da Libertadores, para culminar com um Brasileiro, uma Taça Libertadores e um Mundial de Clubes Fifa, os últimos conquistados de forma invicta e com reconhecida superioridade técnica sobre os adversários. 

Não se deve esquecer que no futebol, temos somente 2 grandes títulos para os brasileiros ganharem: O Brasileirão e a Libertadores. Hoje, nem mesmo os Regionais e a Copa do Brasil fazem as alegrias dos torcedores. Ou seja, só um ou dois times terão as grandes glórias gritadas aos quatro cantos dos Brasil Varonil. 

Não se pode então taxar todos os outros times de ruins, apenas pela seca de campeonatos. Em um país com 12 times grandes, ser vice ou terceiro não é pouca coisa. 

Faço breve menção também à recente onda de rebaixamento de times grandes, desde 2002. Em geral, antes das tempestades, a queda - cujo acontecimento é uma consequência de desorganização anterior, vem precedida de uma intensa troca de cadeiras. 

Pois é. Sofre o futebol. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

São Paulo da... Garoa?

imagem: Uol

O céu de súbito se acinzenta mais uma vez. São Paulo já não é mais a terra da garoa, é a terra da torrente. 
Os cidadãos preparam os seus pés de patos e escafandros. A água molha o sapato que você comprara no mesmo dia. 
Os fatos se repetem há décadas, mas ainda assim nos surpreendemos. Piscinão, calha do rio, tarefas que insossas parecem. 
Ainda hoje enchentes nos enchem e nos encharcam. Nunca sabemos onde pisamos, só sabemos que é molhado e sujo.
O céu se acinzentou de novo e o senhor na rua se acidentou. Escorregou na correnteza, na força da natureza que varre o asfalto e toca o foda-se, mesmo. 
O vapor se alevanta e o calor segue, infernal, inexorável, com uma promessa de novas torrentes justamente no momento em que pretendes voltar pra casa.

Segue a vida que ano que vem tem mais.