domingo, 19 de maio de 2013

Terminam os regionais. Reflexões sobre os torneios estaduais de futebol.

Terminam os regionais. Reflexões sobre os torneios estaduais de futebol.

Nos principais campeonatos regionais do país, o primeiro a ser campeão, com folgas, foi o Botafogo, seguido do Internacional. Logo após, o Vitória, na Bahia, e o Santa Cruz, em Pernambuco, que foram campeões no fim de semana passado. Neste final de semana, foram campeões os dois times que tem jogado o melhor futebol do Brasil, Atlético Mineiro e Corinthians.

Todavia, a palavra-chave que definiu os Estaduais deste ano foi: chocho. Choco. Sem Graça. De fato, pergunte a qualquer torcedor se ele prefere ser campeão da Libertadores, Brasileiro, Copa do Brasil ou Estadual, e certamente a última opção sere este.

Botafogo de Seedorf. Uma das poucas gratas surpresas dos regionais. 


Isto vem da ordem natural das coisas, mas porque demorou tanto tempo para acontecer? Veja-se que a Libertadores começou em 1960, mas os times brasileiros só lhe voltaram as atenções na década de 90. Não era incomum as equipes muitas vezes escalarem times reservas nos certames internacionais, inclusive no Brasileiro que começava, para favorecer o Estadual. 

Me atrevo a dizer que o modelo dos nossos regionais está em franco declínio. Quando foi a ultima vez que um regional teve grande discussão? Eu diria que em São Paulo foi em 1999, e no Rio de Janeiro em 2001. Não por acaso o Palmeiras fora campeão da Libertadores daquele ano e o Flamengo tri-campeão carioca. Em 2002, os torneios se juntaram em regionais. Este, em minha opinião, foi o gatilho que fez com que os regionais perdessem a magia. Leiam bem: um gatilho - pois todas as circunstâncias premeditavam tal fato.

Desde então a "magia", que não estava la essas coisas, se perdeu. Uma reforma seria necessária. 

Não estou dizendo para mitigar por completo os regionais. Diria que muitos times precisam deste campeonato. Três assertivas devem ser consideradas: os Estaduais são rentáveis para os clubes. Os Estaduais são um alento para torcidas de times que não serão campeões nacionais e internacionais. E os Estaduais são o simbolo de jogos de poder entre as federações, que se centralizam na CBF.

Tais motivos, entretanto, não impedem a ideia de reforma nos Estaduais. Não há razão para tantas datas, sendo que o desinteresse dos torcedores aumenta cada vez mais.
Hoje a palavra-chave do futebol brasileiro é internacionalização. Então porque não diminuir as datas dos regionais e permitir aos times que façam pre-temporadas e amistosos no exterior? 

Uma pequena sugestão. Um paulistão, por exemplo, com 12 datas. Assim, dois grupos, cada um de 10 se times, terminam com 9 jogos cada. Os quatro primeiros de cada grupo se classificam, de maneira que o primeiro do grupo A pega o quarto do Grupo B e vice-versa. Cada decisão é apenas um jogo, inclusive a final, que deverá ser em campo neutro. 

Enfim, não basta criticar sem sugestões. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário