segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Os pontos fulcrais de São Paulo e Corinthians.

Fulcral é o ponto mais importante em um determinado momento. Significa o ápice de um evento decisório, significativo, algo que vai determinar o futuro. 

Neste momento, passamos por alguns pontos fulcrais no Futebol Brasileiro, em especial do São Paulo, do Corinthians, de Tite, do Campeonato Brasileiro e das revelações Brasileiras para 2016 ou talvez até 2014. 
Nestes posts, falo dos dois primeiros. 

O São Paulo Futebol Clube se encontra num ponto fulcral no Brasileirão. Considero os próximos seis jogos muito mais importantes para a equipe fugir do rebaixamento ou ser rebaixada do que as últimas rodadas. 



Explico. A equipe vai enfrentar, nas próximas 6 rodadas, ou times que estão disputando no topo ou times que estão disputando com o próprio São Paulo para não serem rebaixadas. Botafogo (fora), Criciúma (casa), Coritiba (fora), Ponte Preta (casa), Vasco (fora), e Galo (casa). Diria que destes pontos, 9 são essenciais. Se a equipe vencer os seus rivais diretos, que são jogo em casa, faltando 48 pontos em disputa, as chances de rebaixamento diminuem drasticamente. Com 3 vitórias, a equipe estaria fora do Z-4. 
No entanto, qualquer derrota em casa não só vai deixar a equipe em maus lençóis, como vai dificultar, e muito, a saída da crise do Time, que tem muita relação com a confiança dos jogadores.

Depois destes jogos, o SPFC terá jogos dificílimos contra Goiás, Grêmio, Santos e Cruzeiro, em que as chances de derrota são muito maiores. Por isso, o momento de adquirir confiança são os próximos 6 jogos.

O Corinthians se  encontra no ponto fulcral do seu próprio Futebol. A equipe tem qualidade suficiente para terminar o campeonato no G-4, mas o futebol está deixando a desejar. A fórmula de jogo do Time, que deu muito certo em 2012, foi copiada pelos principais adversários, que dificultam e muito que a equipe marque gols. 

Paulinho e Jorge Henrique. Personagens essenciais para o esquema de jogo de 2012 do Corinthians, que ainda não se adaptou, especialmente depois da saída do último.


Por outro lado, a ausência de inspiração tem muito a ver com a perda de duas peças que foram essenciais para o time em 2012 - Jorge Henrique e Paulinho. O primeiro fazia melhor que todos os atacantes do time, naquilo que Tite mais preza em seus atacantes. A marcação. Tanto que desde que Tite chegou, JH deixou de fazer gols importantes. Mas quem se lembra dos jogos contra Vasco, Santos, Boca e Chelsea sabe do papel importantíssimo que o Atacante teve para segurar o lado direito dos ataques destas equipes, com destaque para Neymar. 
Quando Pato chegou, JH perdeu espaço no time. Mas Pato não sabe marcar tão bem e quanto mais marca, mais se extenua para finalizar. O mesmo pode se dizer de Romarinho, Guerrero, Emerson e Douglas. Estes jogadores parecem não se comunicar. Quando um atacante volta, deve deixar espaço para outros, especialmente os meio campistas. 
A marcação dos atacantes permitia uma pressão constante do Corinthians sobre seus adversários, sem que os zagueiros tivessem muitas preocupações. A segunda parte ainda acontece - hoje a equipe ainda toma muito poucos gols. Mas a pressão constante foi perdida, muito em razão do espaço que existe entre o ataque e o meio. 

Em 2012, o Corinthians padecia dos mesmos defeitos, mas numa escala menor. Outra diferença tinha um jogador em especial que era o determinante do time. Paulinho não só era um exímio finalizador (melhor que Pato e Romarinho), como se aproveitava inteligentemente dos deslocamentos de Jorge Henrique e Emerson para avançar ao ataque. 

Por isso a perda destes dois jogadores colocou o Corinthians num ponto fulcral. Ou os jogadores se adaptam ao esquema, ou o time restará muito sujeito a não passar de um coadjuvante de luxo em 2013. 

Os próximos jogos dirão isso. O Corinthians, à semelhança do São Paulo, enfrenta times do topo fora e times candidatos a rebaixamento em casa, em sua maioria, depois do Flamengo (casa). Os jogos são Inter (fora), Náutico (casa), Botafogo (fora), Goiás (casa), e Ponte (fora). 

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