quinta-feira, 10 de maio de 2012

"Estados Unidos do Brazil". Porque ainda temos muitos atrasos no Futebol Brasileiro. 

Esta semana começou quente, com um misto de deja vu e tristeza no Futebol. O Bom futebol chora e deixa o futebol de resultados em seu lugar usual, de mandante da bola, coisa se pode ver desde os anos 1990. 
Mais um técnico se demitiu / foi demitido antes do seu trabalho terminar. Vagner Mancini do Cruzeiro. 



Incrível essa mania, que ainda que esteja em menores mares do que já esteve, ainda continua em altos patamares no semi-profissionalizado futebol brasileiro: Basta acontecer uma eliminação, mande embora o treinador. É o choque "necessário" no elenco. 

O futebol é cíclico. O time do Cruzeiro chegou a ser elogiado no Campeonato Mineiro, os jogadores exacerbados, Wellington Paulista, Roger. Nada disso. Tudo foi esquecido em pouco jogos. 

Olhe o Palmeiras de Felipão. A cada eliminação, a imprensa chove notícias da possível demissão. Os torcedores protestam e pedem o desmanche do time. O belíssimo time de 2000 do Corinthians, Campeão do Mundial de Clubes da Fifa, Bi-Brasileiro, Paulista, e Semi-Finalista da Libertadores, foi desmanchado por acessos de fúria da torcida. Edilson, Vampeta, Rincón sairam naquele ano que o time terminou o Brasileiro na penúltima colocação. Muricy Ramalho foi tri-campeão Brasileiro pelo São Paulo, mas não resistiu a três eliminações seguidas na Libertadores, sendo uma na final e outra nas Semis.

COM O FUTEBOL BRASILEIRO NÃO SE TEM PACIÊNCIA.

Não é preciso apelar a mais eventos recentes para provar tal. O leitor com certeza se lembrará de alguns, independente da região.

Por isto é semi-profissional. As cabeças pensantes são antes políticas e pró-torcida radical do que pró-futebol.
O Marketing demorou 20 anos para discutir um contrato mais valorizável com a TV. Ainda há a mania de se contratar medalhões para aplacar a ira da torcida, mas se esquece de avaliar o elenco e os possíveis efeitos desagregatórios. E ainda o que mais importa é trazer, do que pagar. Pagar é o de menos. Ou então, pague o craque e deixe o elenco, que segura o piano, para depois. O critério que vale é o Bumba-Meu-Boi, pegando emprestada a expressão de Paulo Bonfá e Marco Bianchi nos seus tempos de futebo-jornalistas.

A bola se colhe, porque não tem muito o que fazer. Ela apenas rola e vai onde o rio e o chute a levam. Mas chora, porque lembra dos bons tempos em que os times tinham mais de 3 ou 4 anos juntos, que o técnico era seu velho conhecido de tempos atrás. 

Escreverei mais sobre isso com o tempo.
Mas aqui começa a contagem: 2 times já demitiram seus técnicos antes da hora (Cruzeiro e Vitória)
Estão quentes: Joel Santana, Osvaldo de Oliveira, Dorival Junior.

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