sexta-feira, 29 de maio de 2015

O racha do futebol em 2015

O ano de 2015 pode ser um daqueles mais importantes da história do futebol. O escândalo de corrupção da Fifa pode colocar uma pá de cal no sistema atual de gestão do esporte mais querido do mundo. 

O racha do futebol

Reeleito. 


Joseph Blatter acaba de ser reeleito para presidente da FIFA, a despeito de todas as denúncias que estremeceram a entidade. Denúncias e prisões, que por lógica e por uma física típica das grandes corporações e por isso inexorável, não tem como não respingarem na figura do atual mandatário do futebol mundial. 

Blatter conseguiu o apoio das confederações nacionais e regionais do mundo todo, exceto da Europa, onde a oposição foi substancial. Disto e de outras circunstâncias, pode ocorrer um fenômeno único e que alterará toda a estrutura do futebol mundial: O racha entre a Europa e o resto do mundo (no futebol).

Já faz algum tempo, os clubes europeus tem brigado com a FIFA por questões de salário e direito de imagem de seus jogadores, e indenização por lesões, quando da disputa de campeonatos internacionais. O desgaste já era evidente com a participação de Luis Figo nas eleições da entidade e o apoio ao maior concorrente de Blatter.

Agora, com as notícias sobre a corrupção e a repercussão negativa sobre as mortes no Catar, há grandes chances de tentativa de criação de uma nova entidade, capitaneada pelos Europeus (e Michel Platini). 

As consequências podem ser diversas para os clubes brasileiros. E serão o mais negativas quanto mais ficarem atrelados à CBF, uma das apoiadoras de Blatter. O Futebol pode mudar com relação a regras de aquisição de jogadores e outras essenciais à prática do esporte, principalmente econômicas e comerciais. Ganha, em geral, quem tem maior poderio econômico, e por isso, maior voz. Se as equipes brasileiras defenderem, na hipótese de uma "revolução", o sistema antigo, podem ter muito a perder. Nossos melhores jogadores já se vão cedo. Imagine diante de um racha onde o futebol sulamericano ficasse desacreditado?

Basicamente, os 11 denunciados pela procuradoria americana são sulamericanos e caribenhos. 

É melhor participar das mudanças do que ser o alvo delas. 

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