quarta-feira, 16 de julho de 2014

Corinthians poderia pensar mais alto e manter as arquibancadas provisórias de seu novo estádio.

De certo que há questões econômicas e financeiras envolvendo o custo de manutenção de um estádio de futebol, que certamente um leigo como eu não tenho acesso neste exato momento. Para o Corinthians, imagino que a principal delas deva dizer respeito à rentabilidade do empreendimento. 



A Arena Corinthians, nome provisório até que sejam vendidos os naming rights, foi projetada desde 2011 para abrigar, no máximo 48.234 torcedores. O cálculo levou em consideração a presença dos torcedores no estádio do Pacaembu, que tem capacidade para 40.000 pessoas. Nos últimos anos de 2010, 2011 e 2012, a média de público corinthiana no campeonato brasileiro girou entre 27.000 e 30.000 pessoas por jogo.

A Copa do Mundo fez surgir a ideia das estruturas provisórias, que aumentaram a capacidade de público para 68.000. A média na Copa do Mundo foi cerca de 63.000 torcedores.

Porém, acredito que as previsões dos mandatários corinthianos de que as médias de público em torno em 40.000 pessoas no Brasileiro e no Paulistão são relativamente humildes quando se toma em consideração a paixão da torcida, o fator novidade, a proximidade com uma área tipicamente fiel e as chances de evolução do futebol brasileiro dentro de campo.

A torcida corinthiana é considerada como sendo uma das mais assíduas do mundo, especialmente nos últimos anos pós-rebaixamento. Não foram poucos os jogos que estiveram perto da máxima lotação do Pacaembu, com a agravante de que muitos torcedores ficaram de fora. Estima-se ainda um contingente de mais de 3 milhões de Corinthianos só na cidade de São Paulo. Em comparação com o Pacaembu, Itaquera é relativamente mais perto do Metrô, e especialmente se situa em uma área considerada como um dos redutos da fiel torcida: a Zona Leste

E no futuro, espero, as equipes brasileiras, se seguissem o exemplo das alemãs, poderiam voltar a encher os seus estádios com a contratação e manutenção de suas estrelas e craques, circunstância que depende também da situação financeira do país.

Então, porque não manter as estruturas provisórias, ainda que em parte? A diretoria não tem que pensar apenas na média de público, mas também nas oportunidades de que, em boa fase, mais de 60.000 torcedores quererão assistir os jogos da equipe. O aumento da lotação também poderia minimizar o preço dos ingressos, já que mais torcedores é menor gasto por pessoa. De certo que, se os ingressos a R$ 180,00 já permitem à equipe colocar 40.000 torcedores, imagine cerca de R$ 40,00, que era um preço salgado até mesmo para o Pacaembu. Seria mais justo com os torcedores que durante anos foram os que alimentaram as estatísticas da equipe.

Equipes como o Borussia Dortmund conseguem vender os seus ingressos a preços baratos, todos esgotados já no começo da temporada. A média de público dos últimos anos: 80.000 pessoas.

Não seria mais barato manter ou aumentar as cadeiras e lugares do Estádio agora, para se evitar uma reforma, que presumo, no futuro vai ser necessária e provavelmente mais cara?

Fica a dica. 

Sarli




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