quinta-feira, 24 de julho de 2014

Engenharias financeiras no futebol não costumam dar certo.

Acabei de ouvir que o Flamengo planeja uma engenharia financeira para pagar os R$ 900 mil mensais por Robinho, 30. Quem vê futebol há algum tempo, sabe que, desde Romário, isto não tem dado muito certo, tanto para o jogador como para o time. 



Algumas razões são óbvias: 

- muitas vezes o time está mal das pernas, especialmente nas finanças, inclusive devendo para alguns jogadores, e mesmo assim consegue trazer um medalhão internacional, que, sabedor disto, com certeza exigiu garantias de salário em dia. Isto simplesmente acaba com a harmonia do time e cria uma animosidade, ainda que fria, entre o contratado e os antigos. Aliás, isso já vem desde antes, quando as primeiras tratativas são anunciadas pela imprensa, para alegria dos empresários.

- uma engenharia financeira envolve muitas partes que têm que se coordenar, e volta e meia, qualquer desentendimento faz com que se atrase os salários do medalhão. Óbvio, e difícil jogar sem receber e as chances de o jogador sair e cobrar uma multa dantesca, tão grande que poderia servir para comprar outro jogador, são muito grandes. Nestas situações, mesmo quando fica no time, desanima. 

- os jogadores que voltam costumam ficar. Jogadores como Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e outros que voltaram não tiveram boas oportunidades para voltar para os grandes clubes da Europa.

- não há facilidade para voltar para a Seleção. Vide Ronaldos, Romário, Pato, Adriano.  

- os medalhões são em geral craques ou ótimos jogadores em decadência, que querem continuar recebendo altos valores, mas não necessariamente compensam o investimento.

- os valores costumam ser tão altos que os times brasileiros poderiam contratar revelações europeias ou sul-americanos em destaque na europa, jovens, mas nunca pensaram nisto. 


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