terça-feira, 29 de julho de 2014

O tragédia e a redenção do futebol em Minas Gerais.

Pensei em criar um título diferente, meio gibizesco, como "a morte e o renascimento do futebol brasíleiro em Minas Gerais." Fora ficar muito dramático, aparentaria muito ideal e utópico. Nem faleceu o nosso jogar de bola nas Minas Gerais e muito menos houve tempo para vingar o nascimento de algo novo.

Falo do Cruzeiro. Falo do Galo. E falo da Alemanha.



Se naquele Mineirão ocorreu a tragédia das tragédias da Seleção Brasileira - a única equipe que, desde quando "não existem mais bobos no futebol" sofreu uma goleada vexatória de 7 gols, o mesmo estádio acompanha, ainda embasbacado e talvez surpreso, as apresentações de gala do Cruzeiro.

A equipe mineira, à maneira dos tedescos, não economiza nos gols e não se contenta com pouco. Isto vem desde o ano passado. Não à toa a taça veio cedo como nunca em 2013. A mídia, porém, continua focada no eixo Rio-São Paulo e as vezes no Rio Grande do Sul, em especial, os seus técnicos. Pudera, o futebol mineiro não ganhava títulos nacionais desde 2003 com o próprio Cruzeiro, vitaminado por Vanderlei Luxemburgo. 

De repente os mineiros irromperam com o tabu e conquistaram o nacional e a libertadores de 2013. Tudo de uma vez só. Alguma coisa acontece em Belo Horizonte. E lá se dá exemplos de como jogar futebol nos últimos meses. De um lado, a qualidade da Raposa, jogando um futebol ofensivo. De outro, o Galo equilibrado e acima de tudo raçudo. O coração nas chuteiras.

Tivesse tudo isto a Seleção Brasileira não padeceria da blitz alemã. O que se viu, foi o contrário. Humildes, os Germânicos não se importaram de sujar o calção na nossa terra roxa e gramados das minas gerais. Mesclaram-se com o povo e herdaram o verdadeiro espírito do nosso futebol. Colocaram os pés em todas as divididas no jogo. E não se assustaram com a facilidade dos gols. Se faz um, faz outro. 

Que sigamos o exemplo do Cruzeiro e do Atlético. Alguma coisa está nascendo em Belo Horizonte. Que seja boa. 

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